quinta-feira, 26 de julho de 2012


10.9 Proteção Contra incêndio e explosão

Comentários
·         As classes “A”: Materiais de fácil combustão que queimam na superfície e profundidade, e deixam resíduos (madeira, tecido, papel, fibras, etc.);
·         Classe “B” Líquidos inflamáveis que queimam somente na superfície, e não deixam resíduos (óleo, graxa, tintas, solventes, vernizes, gasolina, éter, etc.);
·         Classe “C” Equipamento elétricos energizados (motores, transformadores, painéis de distribuição, fios etc.);
·         Classe “D”: Elementos pirofóricos (magnésio, zircônio, titânio, etc.).
·         A Classe “C” de incêndio é a que nos interessa quando nos referimos a instalações ou equipamentos elétricos. A água pura pressurizada ou em recipientes sob pressão (extintores de água pressurizada ou extintores água-gás), não pode ser utilizada no combate a incêndios Classe “C” devido à sua condutibilidade elétrica, podendo causar choques elétricos ou curtos-circuitos, tornando ainda mais grave o acidente. Apenas água pulverizada poderá ser utilizada, dede que existam os equipamentos necessários, manejos por combatentes treinados nesta modalidade de combate a incêndio. Para o combate com água, o sistema elétrico deverá ser desenergizado.
·         O combate correto a incêndios da “Classe C” será feito com extintores de gás Carbônico (CO2), e extintores de Pó Químico. Mas vale a pena observar que o Pó Químico pode ser prejudicial quando usado em salas de computadores ou de equipamentos telefônicos, visto que causa danos aos pequenos componentes eletrônicos desses equipamentos. Nesse caso, normalmente utilizam-se extintores de Gás Carbônicos, que são eficientes sem causar danos materiais. Alguns sistemas fixos de CO2 são ativados automaticamente, em caso de incêndio, pela detecção através de sensores específicos (térmicos, infravermelho, fotoelétricos, ou de ionização). Nesse caso, o risco seria o da presença de pessoas nesses locais confinados, devido à possibilidade de asfixia pelo fato de o CO2 eliminar o oxigênio do ambiente ao expulsar a atmosfera respirável do recinto. Por isso, na presença de sistemas automáticos de CO2, não é permitida a presença de pessoas no local.
·         “Áreas Classificadas” (itens 10.9.2, 10.9.4, 10.9.5), são áreas passíveis de possuir atmosferas explosivas. Atmosferas explosivas são formadas por gases, vapores ou poeiras e oxigênios, na proporção correta que dependerá das características de cada produto, e que em presença de uma fonte de ignição causará incêndio ou explosão. O termo refere-se à classificação dessas áreas em função do seu potencial de risco das substâncias inflamáveis presentes. Assim, esses ambientes podem ser divididos em três classes, que são ainda subdivididos em grupos e divisões (ou zonas, pela norma brasileira).
Em geral temos:
·         Classe I – Gases e vapores, divididas em quarto grupos, de “A” a “D”, e algumas das substâncias são: acetileno, hidrogênio, butadieno, acetaldeído, eteno, monóxido de carbono, acetona, acrinonitrila, amônia, butano, benzeno, gasolina, etc.
·         Classe II – Poeiras, divididos em três grupos, de “E” a “G”, sendo poeiras metálicas
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Combustível, poeiras carbonáceas (carvão mineral, hulha), e poeiras combustíveis, como farinha de trigo, ovo em pó, goma-arábica, celulose, vitaminas, etc.
Classe III –Fibras combustíveis, como rayon, sisal, fibras de madeira, etc.
Existe ainda uma classificação em que são consideradas as probabilidades de ocorrência da mistura explosiva, divisão 2 e 1, pelas normas internacionais, e zonas 0, 1, e 2, pelas normas brasileiras. As normas mencionadas são a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), IEC (International Electrotechnical Commission, européia), NEC (National Fire Protection Association, americana).
Em presença de atmosfera explosiva a fonte de ignição pode ser algum dispositivo, acessório ou equipamento elétrico, que possa produzir centelhamento. As normas nacionais e internacionais especificam equipamentos elétricos para serem utilizados com segurança em áreas classificadas, e que são à prova de acidentes por centelhamento. São ditos: “à prova de explosões, pressurizados, imersos em óleo, em areia em resina, de segurança aumentada, herméticos, especial, e de segurança intrínseca”.
Para que esses equipamentos cumpram sua função dentro dos critérios de segurança exigidos, eles têm que ser testados dentro de rígidos padrões de qualidades (teste de conformidade), e somente pelas empresas certificadoras reconhecidas pelo Sistema Brasileiro de Certificação, que congrega as certificadoras reconhecidas junto ao INMETRO (item 10.9.2).
Dentro da necessidade de um rígido controle de possibilidade de ocorrência de acidentes devido a equipamentos elétricos em áreas classificadas, a norma exige um maior controle das condições elétricas desses sistemas, com relês de proteção contra sobrecorrente, sobretensão, aquecimento de motores, falhas de fase, correntes de fuga, motores com segurança aumentada, alarmes e seccionamento automático através de disjuntores (item 10.9.4). É importante ainda lembrar que dentro de tão críticas condições de segurança é necessário uma detalhada supervisão e acompanhamento de uma rígida manutenção para correção das não conformidades.
·         Permissões de trabalho são autorizações por escrito para trabalhos diversos de manutenção, montagem ou outros, que envolvam risco à integridade do pessoal, às instalações, ao meio ambiente, ou à continuidade operacional, Descrevem o trabalho, os riscos envolvidos, pessoal, EPI, EPC e precauções de segurança a serem seguidas.
É utilizada em conjunto com Listas de Verificações de requesitos de segurança apropriadas a cada atividade, que, depois de satisfeitos, possibilitam o início das atividades. A supressão do risco em áreas classificadas significa retirada dos gases ou vapores inflamáveis, através de ventilação ou inertização, e em caso de risco elétrico significa a desenergização do circuito a ser trabalhado (item10.9.5).
A eletricidade estática é gerada por atrito de correias de máquinas, peças em movimentos repetidos, movimentação de fluidos e produtos pulverizados em tubulações e silos, sólidos em suspensão na atmosfera, etc. A tensão elétrica acumulada pode produzir descargas elétricas, que em presença de baixa umidade do ar, presença de gases inflamáveis, fibras e poeiras inflamáveis
Podem causar explosões e incêndios de grandes proporções. Existem vários métodos para dissipar a eletricidade estática (item 10.9.3) como o uso de ionizadores, mantas dissipadoras ou dissipativas, pulseiras anti-estática e sistema compostos por cabos e hastes de cobre.

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