10.9
Proteção Contra incêndio e explosão
Comentários
·
As classes “A”: Materiais de fácil combustão que
queimam na superfície e profundidade, e deixam resíduos (madeira, tecido,
papel, fibras, etc.);
·
Classe “B” Líquidos inflamáveis que queimam
somente na superfície, e não deixam resíduos (óleo, graxa, tintas, solventes,
vernizes, gasolina, éter, etc.);
·
Classe “C” Equipamento elétricos energizados
(motores, transformadores, painéis de distribuição, fios etc.);
·
Classe “D”: Elementos pirofóricos (magnésio,
zircônio, titânio, etc.).
·
A Classe “C” de incêndio é a que nos interessa
quando nos referimos a instalações ou equipamentos elétricos. A água pura
pressurizada ou em recipientes sob pressão (extintores de água pressurizada ou extintores
água-gás), não pode ser utilizada no combate a incêndios Classe “C” devido à
sua condutibilidade elétrica, podendo causar choques elétricos ou curtos-circuitos,
tornando ainda mais grave o acidente. Apenas água pulverizada poderá ser
utilizada, dede que existam os equipamentos necessários, manejos por combatentes
treinados nesta modalidade de combate a incêndio. Para o combate com água, o
sistema elétrico deverá ser desenergizado.
·
O combate correto a incêndios da “Classe C” será
feito com extintores de gás Carbônico (CO2), e extintores de Pó Químico. Mas
vale a pena observar que o Pó Químico pode ser prejudicial quando usado em
salas de computadores ou de equipamentos telefônicos, visto que causa danos aos
pequenos componentes eletrônicos desses equipamentos. Nesse caso, normalmente
utilizam-se extintores de Gás Carbônicos, que são eficientes sem causar danos
materiais. Alguns sistemas fixos de CO2 são ativados automaticamente, em caso
de incêndio, pela detecção através de sensores específicos (térmicos, infravermelho,
fotoelétricos, ou de ionização). Nesse caso, o risco seria o da presença de
pessoas nesses locais confinados, devido à possibilidade de asfixia pelo fato
de o CO2 eliminar o oxigênio do ambiente ao expulsar a atmosfera respirável do
recinto. Por isso, na presença de sistemas automáticos de CO2, não é permitida
a presença de pessoas no local.
·
“Áreas Classificadas” (itens 10.9.2, 10.9.4,
10.9.5), são áreas passíveis de possuir atmosferas explosivas. Atmosferas
explosivas são formadas por gases, vapores ou poeiras e oxigênios, na proporção
correta que dependerá das características de cada produto, e que em presença de
uma fonte de ignição causará incêndio ou explosão. O termo refere-se à classificação
dessas áreas em função do seu potencial de risco das substâncias inflamáveis
presentes. Assim, esses ambientes podem ser divididos em três classes, que são
ainda subdivididos em grupos e divisões (ou zonas, pela norma brasileira).
Em geral temos:
·
Classe I – Gases e vapores, divididas em quarto
grupos, de “A” a “D”, e algumas das substâncias são: acetileno, hidrogênio,
butadieno, acetaldeído, eteno, monóxido de carbono, acetona, acrinonitrila,
amônia, butano, benzeno, gasolina, etc.
·
Classe II – Poeiras, divididos em três grupos,
de “E” a “G”, sendo poeiras metálicas
·
Combustível, poeiras carbonáceas (carvão
mineral, hulha), e poeiras combustíveis, como farinha de trigo, ovo em pó,
goma-arábica, celulose, vitaminas, etc.
Classe III –Fibras combustíveis, como
rayon, sisal, fibras de madeira, etc.
Existe ainda uma classificação em que são
consideradas as probabilidades de ocorrência da mistura explosiva, divisão 2 e
1, pelas normas internacionais, e zonas 0, 1, e 2, pelas normas brasileiras. As
normas mencionadas são a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), IEC
(International Electrotechnical Commission, européia), NEC (National Fire
Protection Association, americana).
Em presença de atmosfera explosiva a fonte
de ignição pode ser algum dispositivo, acessório ou equipamento elétrico, que
possa produzir centelhamento. As normas nacionais e internacionais especificam
equipamentos elétricos para serem utilizados com segurança em áreas
classificadas, e que são à prova de acidentes por centelhamento. São ditos: “à
prova de explosões, pressurizados, imersos em óleo, em areia em resina, de
segurança aumentada, herméticos, especial, e de segurança intrínseca”.
Para que esses equipamentos cumpram sua
função dentro dos critérios de segurança exigidos, eles têm que ser testados
dentro de rígidos padrões de qualidades (teste de conformidade), e somente
pelas empresas certificadoras reconhecidas pelo Sistema Brasileiro de
Certificação, que congrega as certificadoras reconhecidas junto ao INMETRO
(item 10.9.2).
Dentro da necessidade de um rígido controle
de possibilidade de ocorrência de acidentes devido a equipamentos elétricos em
áreas classificadas, a norma exige um maior controle das condições elétricas
desses sistemas, com relês de proteção contra sobrecorrente, sobretensão, aquecimento
de motores, falhas de fase, correntes de fuga, motores com segurança aumentada,
alarmes e seccionamento automático através de disjuntores (item 10.9.4). É
importante ainda lembrar que dentro de tão críticas condições de segurança é necessário
uma detalhada supervisão e acompanhamento de uma rígida manutenção para
correção das não conformidades.
·
Permissões de trabalho são autorizações por
escrito para trabalhos diversos de manutenção, montagem ou outros, que envolvam
risco à integridade do pessoal, às instalações, ao meio ambiente, ou à
continuidade operacional, Descrevem o trabalho, os riscos envolvidos, pessoal,
EPI, EPC e precauções de segurança a serem seguidas.
É utilizada em conjunto com
Listas de Verificações de requesitos de segurança apropriadas a cada atividade,
que, depois de satisfeitos, possibilitam o início das atividades. A supressão
do risco em áreas classificadas significa retirada dos gases ou vapores
inflamáveis, através de ventilação ou inertização, e em caso de risco elétrico
significa a desenergização do circuito a ser trabalhado (item10.9.5).
A eletricidade estática é gerada
por atrito de correias de máquinas, peças em movimentos repetidos, movimentação
de fluidos e produtos pulverizados em tubulações e silos, sólidos em suspensão
na atmosfera, etc. A tensão elétrica acumulada pode produzir descargas
elétricas, que em presença de baixa umidade do ar, presença de gases
inflamáveis, fibras e poeiras inflamáveis
Podem causar explosões e incêndios
de grandes proporções. Existem vários métodos para dissipar a eletricidade
estática (item 10.9.3) como o uso de ionizadores, mantas dissipadoras ou
dissipativas, pulseiras anti-estática e sistema compostos por cabos e hastes de
cobre.
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