sábado, 21 de abril de 2012

10.2.8 - MEDIDAS DE PROTEÇÃO COLETIVA

10.2.8.1 Em todos os serviços executados em instalações elétricas devem ser previstas e adotadas, prioritariamente, medidas de proteção coletiva aplicáveis, mediante procedimentos, às atividades a serem desenvolvidas, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores.

10.2.8.2 As medidas de proteção coletiva compreendem, prioritariamente, a desenergização elétrica conforme estabelece esta NR e, na sua impossibilidade, o emprego de tensão de segurança.

10.2.8.2.1 Na impossibilidade de implementação do estabelecido no subitem 10.2.8.2., devem ser utilizadas outras medidas de proteção coletiva, tais como: isolação das partes vivas, obstáculos, barreiras, sinalização, sistema de secciona mento automático de alimentação, bloqueio do religamento automático.

10.2.8.3 O aterramento das instalações elétricas deve ser executado conforme regulamentação estabelecida pelos órgãos competentes e, na ausência desta, deve atender às Normas Internacionais vigentes.

Comentários



  • As medidas de Proteção Coletiva visam à proteção não só de trabalhadores envolvidos com a atividade principal que será executada e que gerou o risco, como também a proteção de outros funcionários que possam executar  atividades paralelas nos arredores, ou passantes, cujo percurso pode levá-los à exposição ao risco existente.
  • Inicialmente, para trabalhos em instalações elétricas, o passo mais importante seria a " DESENERGIZAÇÂO" dos circuitos ou equipamentos energizados.
Caso não seja possível a desenergização dos circuitos ou equipamentos, outros procedimentos e medidas de segurança deverão ser utilizados, como:


Emprego de " TENSÂO DE SERURANÇA", em que tensões abaixo de 50 V ( extrabaixa ) são utilizadas. Muitas ferramentas manuais podem ser encontradas para a tensão de 24 V, para trabalhos em locais úmidos, pois com a umidade, a resistência do corpo humano diminui, e o poder de isolamento dos equipamentos fica comprometido.


" ISOLAÇÃO DAS PARTES VIVAS", que, através da utilização de materiais isolantes, evita o risco de contato acidental com condutores ou peças metálicas energizadas e consequente eletrocussão dos trabalhadores envolvidos. Como exemplo, podemos, citar a capa plástica de isolamento em condutores.




"OBSTÁCULOS E BARREIRAS", representados por cercas de madeira, cerca de redes plásticas, cavaletes, cone, fitas vermelhas ou zebradas, com sinalização reflexiva, cercas metálicas, etc. Pela definição, obstáculos impedem o contato acidental, mas não o contato intencional, e barreira impedem todo e qualquer contato. Imagem google.




"SINALIZAÇÃO", em que placas e cartazes alertam sobre: " PERIGO DE VIDA", " HOMENS TRABALHANDO NO EQUIPAMENTO", " NÃO LIGUE ESTA CHAVE", " ALTA - TENSÃO", etc.
Os trabalhadores de manutenção em linhas elétricas aéreas ou subterrâneas exigem de transeuntes em veículos nas imediações. Imagem google






"SECCIONAMENTO AUTOMÁTICO DA ALIMENTAÇÃO", inexistente em algumas instalações mais antigas, permite a manobra de dispositivos de seccionamento ( disjuntores, chaves seccionadoras para carga ou não) automática e remotamente, desenergizado os circuitos ou instalações com mais segurança, para fins de manutenção.
O seccionamento automático, comandado através de relês e funcionários presentes em diversos tipos, também protege as instalações de falha.


" BLOQUEIO DO RELIGAMENTO AUTOMÁTICO", em sistemas que possuem para evitar reenergização do circuito em manutenção e risco de eletrocussão nos funcionários envolvidos.


Apesar de não mencionados especificamente, os relês de fuga para terra ou, " Dispositivos Diferenciais Residuais", são importantes ferramentas para a proteção de trabalhadores ou outros em contatos indiretos ou até contatos diretos. Trata-se de relês do tipo diferencial que operam segundo o equilíbrio de correntes que entram e saem do circuito, que estão equilibradas. Em caso de contato acidental ( por exemplo, uma pessoa tocando num ponto energizado, ou por falta fase-massa num equipamento) há um desequilíbrio nas correntes do circuito que produz um valor diferencial que fará o relê atuar, desligando a alimentação. Como são muito rápidos, diminuem o tempo de exposição a uma corrente, e consequentemente os danos físicos em caso de choque elétrico em uma pessoa.


" ATERRAMENTO DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS", cuja função é escoar para terra as cargas elétricas indesejáveis, que podem ser decorrentes de falta fase-massa, indução eletromagnética, eletricidade estática, e descargas atmosféricas. A falta-massa decorre de contato acidental de condutores energizados com materiais metálicos condutores, mas que não pertencem à instalação, como a caixa metálica que protege um eletrodoméstico. O campo eletromagnético produzido por um circuito elétrico pode, através de fenômeno da indução, produzir uma tensão elétrica em um outro circuito desenergizado. Um exemplo é o aparecimento de tensões em redes desligadas devido à existência de outra rede ou linha de transmissão próximas. A eletricidade estática é gerada através do atrito, podendo causar centelhamento e incêndio ou explosão em áreas classificadas.
Descargas atmosféricas são os raios em dias de tempestade, originadas por diferentes cargas elétricas geradas nas nuvens, que podem escoar para o solo através de estruturas, causando grandes acidentes e prejuízos. Essas quatro situações levam a uma mesma solução de proteção coletiva: aterramento. Imagem google.





Um sistema de aterramento é formado por condutores, eletrodos e malha de terra, se necessário. O princípio funcional é criar um camilho facilitado para o escoamento dessas cargas elétricas para terra, através de um circuito de baixa impedância. Isso protegerá os funcionários ou pessoas que possam vir a ter contato (indireto) com essas estruturas indevidamente energizadas. No caso de descargas atmosféricas temos ainda o captador, conjunto de pequenas hastes pontiagudas, no alto dos prédios ( pára-raios tipo Franklin), e ligado ao condutor de descida. Os contatos diretos são com pontos normalmentes energizados; contatos indiretos são com partes metálicas das estruturas mas que não pertecem ao circuito elétrico, e que encontram acidentalmente energizadas.

 A equipotencializão evita com que haja uma diferença de potencial entre partes metálicas de uma estrutura que não pertencem ao circuito elétrico, mas que se estiverem nessa situação causarão um choque elétrico em pessoas que as tocarem simultaneamente. A ligação equipotenciais secundárias inteligam as massas e partes condutoras da estrutura entre si, neutralizando o risco de choque elétrico entre partes metálicas diferentes.

 A equipotencialização pode ser observada durante o aterramento temporário, onde por exemplo, condutores trifáticos são ligados entre si e depois ao dispositivos de aterramentos temporário do conjunto.

  • Principais equipamentos  de Proteção Coletiva:
         Coletes reflexivos;
         Fitas de demarcação, reflexivas;
         Coberturas isolantes;
         Cones de sinalização (75 cm, fitas reflexivas);
         Conjuntos para aterramentos temporários;
         Detectores de tensão para BT e AT, imprescindíveis em procedimentos
         de segurança com teste de circuitos ou equipamentos que devem estar
         efetivamente desenergizados para inicío do trabalho com segurança.
     
         Imagem (google) Colete reflexivo

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