quinta-feira, 2 de novembro de 2023

Audiolivros na Amazon Audible Fora de série Outliers Descubra por que algumas pessoas têm sucesso e outras não por Malcolm Gladwell





microaudiobook apresenta “Fora de Série”, onde nos deparamos com a questão: o que faz algumas pessoas alcançarem um sucesso extraordinário e único, a ponto de serem chamadas de “Fora de Série”? Acredita-se comumente que trajetórias excepcionais, como as dos gênios que revolucionaram o mundo dos negócios, das artes, das ciências e dos esportes, são fruto apenas do talento. No entanto, neste livro, você descobrirá que o universo das personalidades brilhantes esconde uma lógica muito mais fascinante e complexa do que se imagina.

Celebridades como Bill Gates, os Beatles e Mozart são exemplos citados por Malcolm Gladwell para mostrar que ninguém alcança o sucesso por conta própria. Aqueles que se destacam com performances fenomenais são indivíduos que tiveram oportunidades, aprenderam, trabalharam duro e interagiram com o mundo de forma única. Esses são os fora de série, os saltadores de etapas. O efeito Mateus também é mencionado, referindo-se ao fenômeno em que os bem-sucedidos tendem a receber mais oportunidades e reconhecimento. Todos esses indivíduos fora do comum despertam nossa curiosidade sobre suas personalidades, nível de inteligência, estilo de vida e talentos especiais.




Achamos que essas qualidades individuais são as responsáveis pelo sucesso. Normalmente, as histórias seguem um padrão familiar. Nosso herói nasce em circunstâncias modestas e, graças ao seu talento e determinação, alcança o topo. No entanto, vamos descobrir que ninguém surge do nada. 

Devemos algo à família e aos protetores? Na verdade, esses heróis se beneficiaram de vantagens, oportunidades e legados culturais que os permitiram aprender, trabalhar duro e compreender o mundo de maneira única. O sociólogo Robert Merton cunhou uma expressão muito adequada para esse fenômeno: o efeito Mateus, em referência ao evangelho de Mateus versículo 25 capítulo 29, que diz: “Pois a quem tem será dado, e terá em abundância. Mas a quem não tem, até o que tem lhe será tirado.”

São os bem-sucedidos que têm mais chances de se beneficiar de oportunidades especiais que os levarão a um maior sucesso. Esse sucesso é resultado do que os sociólogos chamam de vantagem cumulativa. Por exemplo, um jogador de hóquei começa sua carreira um pouco à frente de seus colegas. Essa pequena diferença o leva a ter uma oportunidade ligeiramente maior. 

Essa nova vantagem, por sua vez, proporciona outro benefício, ampliando ainda mais a diferença inicial, e assim por diante, até que o jogador se torne um outlier genuíno. No entanto, no início, ele não era um fora de série, apenas começou um pouco melhor que os outros. Temos a capacidade de assumir o controle do mecanismo do sucesso, não apenas nos esportes, mas também em áreas mais importantes. 

No entanto, não fazemos isso porque nos apegamos à ideia de que o sucesso é simplesmente uma função do mérito individual e de que o mundo em que crescemos e as regras que optamos por criar simplesmente não importam.




Um conceito relevante é a regra das 10.000 horas.

O sucesso é uma combinação de talento e preparação. No entanto, à medida que os psicólogos analisam mais a fundo as carreiras dos talentosos, o papel do talento parece diminuir e a importância da preparação se torna maior.

 Pesquisas indicam que quando uma pessoa tem habilidades suficientes para ingressar em uma escola de música de alto nível, o que a diferencia dos demais estudantes é o seu grau de esforço. Aqueles que estão no topo não apenas se dedicam mais do que os outros, mas se dedicam muito mais. 

Eles compreendem que a excelência em uma tarefa complexa requer um nível mínimo de prática e isso é reafirmado em diversos estudos.

Na realidade, os pesquisadores chegaram ao que acreditam ser o número mágico para alcançar a verdadeira excelência: 10.000 horas. Segundo o neurologista Daniel Levitin, são necessárias 10.000 horas de prática para atingir o grau de destreza de um expert de nível internacional em qualquer atividade. 

Essas 10.000 horas equivalem a cerca de 3 horas por dia ou 20 horas por semana de treinamento ao longo de 10 anos. Vale ressaltar que esse é um tempo considerável, especialmente para um adulto jovem, sendo praticamente impossível alcançar essa marca por conta própria. Nesse sentido, é fundamental ter pais que incentivem e apoiem o indivíduo nessa jornada de desenvolvimento.

Ser pobre também é um obstáculo, já que precisar trabalhar meio período para ajudar no orçamento não deixará tempo suficiente para praticar. Na verdade, a maioria das pessoas só consegue atingir esse número através de programas especiais. No entanto, o que realmente diferencia as histórias dessas pessoas? Não é apenas o seu talento excepcional, mas sim as oportunidades extraordinárias que tiveram. 

O problema com os gênios é que eles são indivíduos altamente talentosos, e nada parece ser capaz de detê-los ao longo dos anos. Muitas pesquisas tentaram descobrir como o desempenho em um teste de QI se traduz em sucesso na vida real. Pessoas na base da escala, com um QI inferior a 70, são consideradas deficientes mentais, enquanto um resultado médio não é suficiente.

Em geral, quanto maior a pontuação alcançada em um teste de QI, maior é o tempo dedicado aos estudos, a tendência de ganhar mais dinheiro e a expectativa de viver mais tempo. No entanto, existe um fato curioso: a relação entre sucesso e QI só funciona até certo ponto. Depois que alguém alcança um QI em torno de 120, pontos adicionais não parecem proporcionar vantagens significativas no mundo real. 

Se a inteligência só é relevante até certo limite, outros fatores devem começar a ter mais importância. Em vez de medir apenas o QI, devemos realizar outros testes, como o teste de divergência, que estimula a imaginação e leva a mente a explorar diferentes direções.

O que o teste de divergência mede não é apenas a inteligência analítica, mas também um traço muito próximo da criatividade. Ser um advogado de sucesso, por exemplo, requer não apenas ter conhecimento, mas também ter uma mente fértil, trabalhar arduamente e ser ambicioso como um vencedor do Prêmio Nobel.

 De acordo com o psicólogo Robert Sternberg, a inteligência prática inclui elementos como saber o que dizer e para quem dizer, saber quando dizê-lo e saber como dizê-lo para obter o máximo de impacto. É um tipo de inteligência diferente da capacidade analítica medida pelo QI. Usando o termo técnico, a inteligência geral e a inteligência prática são independentes entre si.

 A presença de uma não implica necessariamente a presença da outra. Uma pessoa pode ter alta inteligência analítica e baixa inteligência prática, assim como pode ser rica em inteligência prática e pobre em inteligência analítica.



A destreza social é em grande medida um indicador de habilidade inata. No entanto, a construção das habilidades sociais requer conhecimento. Trata-se de um conjunto de capacidades que precisam ser aprendidas. Essas capacidades têm origem em algum lugar e é no ambiente familiar que desenvolvemos essas atitudes e aptidões. As 3 lições de Joe Flom mostram a trajetória intrigante de alguém que superou adversidades. Gostamos de contar histórias de pessoas pobres que enriqueceram, pois existe algo cativante na ideia de um herói solitário enfrentando desafios terríveis. 

No entanto, a trajetória real de Joe Flom é muito mais fascinante do que a versão mitológica. Todos os fatores que pareciam ser desvantagens em sua vida, como ser um filho pobre de trabalhadores da indústria do vestuário e ser judeu numa época de forte discriminação contra seu povo, contribuíram para sua formação. Ele cresceu durante uma crise.

A trajetória financeira de Joe Flom revelou vantagens incomuns. Essa é a primeira lição excepcional: a importância de ser judeu e formado em direito naquela época. Caso não tivesse a classe social, a religião e os antecedentes adequados, Joe provavelmente teria ingressado em um escritório de advocacia menor ou aberto seu próprio negócio, aceitando qualquer trabalho que surgisse. 

Esse trabalho, por sua vez, consistia nos casos rejeitados pelos grandes escritórios de advocacia, que eram os litígios e brigas por procurações. Isso era especialmente comum para a geração de judeus que vinham do Bronx ou do Brooklyn nas décadas de 50 e 60.

Um investidor interessado em uma empresa enviava denúncias à sua direção devido à incompetência, e também enviava cartas aos acionistas, buscando obter procurações deles para derrubar os executivos da companhia por meio de votos. Com o tempo, essas atividades começaram a crescer significativamente, e as empresas que antes rejeitavam agora queriam capturar esse trabalho. 





No entanto, foram os judeus imigrantes que se mostraram mais espertos. Com 10 a 15 anos de experiência, eles conseguiam ganhar todos os casos. O que inicialmente era uma dificuldade acabou se tornando uma oportunidade para eles.

Não é que eles fossem advogados mais inteligentes do que os outros. A diferença estava na habilidade que eles vinham desenvolvendo ao longo dos anos e que de repente se tornou valiosa. Essa é a segunda lição, a sorte demográfica. Essa ideia é exemplificada pelo estudo da genialidade realizado por Lewis Terman. O estudo analisou como crianças com altos níveis de QI, nascidas entre 1903 e 1917, se saíram na vida adulta. A pesquisa constatou que uma parte delas alcançou um sucesso significativo, enquanto outra parte se revelou um fracasso. Além disso, foi observado que os indivíduos bem-sucedidos, em sua maioria, vinham de famílias mais ricas.

Nesse sentido, o trabalho de Ter Mano ressalta o argumento da “net na rua”, ou seja, a influência da profissão dos pais e dos pressupostos ligados à classe social em que eles pertencem. No entanto, existe outra maneira de analisar os resultados do estudo de Ter Mano: pelo ano de nascimento dos indivíduos pesquisados. Se os participantes da pesquisa forem separados em dois grupos, aqueles nascidos entre 1903 e 1911 de um lado, e os nascidos entre 1912 e 1917 do outro, constata-se que os mal-sucedidos em geral provêm do primeiro grupo.

Essa diferença pode ser explicada por dois grandes acontecimentos cataclísmicos do século 20: a Grande Depressão e a Segunda Guerra Mundial. Os americanos nascidos após 1912 saíram da faculdade depois que o pior da depressão já havia passado e foram recrutados quando ainda eram suficientemente jovens para que a ida à guerra por 3 ou 4 anos não representasse apenas uma interrupção na evolução natural de suas vidas, mas também uma oportunidade, desde que não tenham sido mortos em combate, é claro.

As crianças do estudo que nasceram antes de 1911, porém se formaram na faculdade durante o auge da depressão, enfrentaram uma época em que as oportunidades de emprego eram escassas. Quando a Segunda Guerra Mundial terminou, essas pessoas já estavam com cerca de 30 anos, o que significa que, ao serem recrutadas, tiveram que abandonar carreiras, famílias e vidas adultas que já estavam consolidadas. Ter nascido antes de 1911 foi demograficamente azarado.

A questão da possibilidade não vem apenas de nós ou de nossos pais, mas também da época em que vivemos e das oportunidades específicas que nosso lugar particular na história nos apresenta. Isso ressalta como os eventos históricos e as circunstâncias socioeconômicas podem ter um impacto significativo nas oportunidades e no sucesso individual.

Na indústria de confecções, Louie Regina Borgenicht e milhares de imigrantes receberam uma oportunidade de ouro ao chegarem aos Estados Unidos em navios. O mesmo ocorreu com seus filhos e netos. Isso se deve às lições que esses trabalhadores de confecções levavam para casa à noite, as quais se revelaram fundamentais para quem desejava progredir na vida.

Ao contrário de uma única fábrica imensa, as roupas eram produzidas por várias empresas conceituadas. Essas empresas criavam os padrões e preparavam os tecidos, enquanto o trabalho complicado de costurar, passar a ferro e prender botões era repassado a pequenos fornecedores de serviços. Essa divisão de trabalho proporcionou oportunidades para os imigrantes e suas famílias se envolverem na indústria e desenvolverem habilidades valiosas.

As lições aprendidas nesse contexto incluíam técnicas de costura, habilidades manuais, disciplina no trabalho e a importância de cumprir prazos e produzir produtos de qualidade. Essas lições foram passadas de geração em geração, permitindo que muitos imigrantes e seus descendentes progredissem social e economicamente na sociedade.

Quando um dos fornecedores alcançava tamanho suficiente ou ambição, começava a desenvolver seus próprios padrões e fabricar seus próprios tecidos. Em 1913, havia cerca de 16.000 empresas na indústria de vestuário em Nova Iorque, incluindo a confecção de Burj Enix, localizada em Sherif Street. Esses três fatores – autonomia, complexidade e relação entre esforço e recompensa – são as qualidades que tornam o trabalho significativo. Em última análise, não é apenas o salário que nos satisfaz, mas sim a sensação de estarmos envolvidos em uma atividade à qual atribuímos importância.

Na região sudeste do Kentucky, no trecho das Montanhas Apalaches conhecido como Cumberland Plateau, encontra-se a pequena cidade de Harlan, um lugar remoto e desconhecido para a sociedade ao redor. Poderia ter continuado assim, se não fosse pelo desentendimento entre duas das famílias fundadoras da cidade: os Howard e os Turner. Em uma noite, Weeks Howard e Little Bob Turner, netos de Samuel e William, respectivamente, se envolveram em uma partida de pôquer. Acusaram-se mutuamente de trapacear e acabaram brigando.

No dia seguinte, os envolvidos se encontraram na Rua E e, após uma troca de tiros, Little Bob Turner foi mortalmente ferido no peito e caiu morto. Um grupo dos Turner foi até a loja de artigos gerais e insultou a senhora Howard, que contou o incidente ao seu filho, Will Howard. Na semana seguinte, Will Howard trocou tiros com outro neto dos Turner, o jovem Will Turner, na estrada para Reagan, Virgínia, naquela noite. Mais tarde, um dos Tanner e um amigo atacaram a casa de Howard. As duas famílias então se enfrentaram diante do tribunal de Harlan em um fogo cruzado. Will Turner foi atingido e morreu logo em seguida. Uma parte dos Howard tentou fazer as pazes com a senhora Turner, mãe de Will Turner e Little Bob, mas ela não aceitou.

“Não dá para limpar esse sangue”, disse ela, apontando para a mancha onde seu filho havia sido morto. Quando uma família briga com outra, temos um conflito. No entanto, quando várias famílias se enfrentam em pequenas cidades como essas, ao longo e abaixo das mesmas cadeias de montanhas, temos um padrão. Qual seria a causa dos confrontos nos Apalaches ao longo dos anos? Diversas causas potenciais foram pesquisadas e debatidas. O consenso parece ser que essa região era assolada por uma forma particularmente virulenta do que os sociólogos chamam de “cultura da honra”.

Os legados culturais são forças poderosas, possuindo raízes profundas e uma vida longa. Eles persistem geração após geração, praticamente intactos, mesmo quando as condições econômicas, sociais e demográficas que os geraram já desapareceram. Esses legados desempenham um papel tão importante no direcionamento de atitudes e condutas que não podemos entender nosso mundo sem eles.

Um exemplo citado é a teoria étnica dos acidentes de avião. Na vida real, é raro que acidentes aéreos ocorram da forma espetacular mostrada no cinema. Uma peça de motor não explode ruidosamente, o leme de direção não se desprende de repente da cauda da aeronave com a força da decolagem. A ideia é que a representação dramática desses eventos no cinema não corresponde à realidade dos acidentes aéreos.

Sim, o jato comercial é considerado muito confiável em termos de segurança. Os acidentes de avião geralmente ocorrem como resultado do acúmulo de pequenas avarias e situações de desgaste ao longo do tempo. Os equívocos que causam acidentes aéreos são frequentemente erros de trabalho em equipe e comunicação.

Os acidentes podem ocorrer quando um dos pilotos possui informações importantes e, por algum motivo, não as transmite ao colega. Um piloto comete um erro, mas o outro não percebe uma situação delicada que requer uma série complexa de passos para ser resolvida. Os pilotos podem ter dificuldade em coordenar essas ações corretamente, levando a erros e potenciais acidentes.

É importante ressaltar que, apesar desses desafios, a aviação comercial implementa rigorosos procedimentos de segurança e treinamento para minimizar os riscos. As autoridades reguladoras e as companhias aéreas estão constantemente trabalhando para melhorar a segurança e reduzir a ocorrência de acidentes aéreos.

Já se sabe que a operação conjunta de uma aeronave por duas pessoas aumenta a segurança em relação ao caso em que o co-piloto está apenas pronto para assumir o controle. Se o piloto principal ficar incapacitado, a presença de um piloto menos experiente é mais segura, pois ele não tem medo de se manifestar. Todas as principais companhias aéreas aplicam o treinamento de gerenciamento de recursos da tripulação para instruir os membros mais novos a se comunicarem com clareza e segurança. O psicólogo Gerd Hosted argumentou que a distinção entre culturas pode ser feita de acordo com o grau de expectativa que elas têm em relação à capacidade dos indivíduos de cuidarem de si mesmos.

Ele chamou essa medida de escala de individualismo e coletivismo. O país com a maior pontuação na extremidade individualista da escala são os Estados Unidos. Por isso, não surpreende que sejam a única nação industrializada do mundo que não proporciona assistência médica universal aos cidadãos. Cada um de nós possui uma personalidade característica, mas ela é influenciada pelas tendências e reflexos transmitidos pela história da comunidade em que crescemos, e essas diferenças são extremamente específicas. Nossa capacidade de ser bem-sucedidos na atividade que realizamos está fortemente ligada à nossa procedência, e é difícil conciliar um bom piloto com uma cultura em que o índice de distância do poder é alto.

Mas a comunicação com alta distância do poder só funciona quando o ouvinte é capaz de prestar muita atenção, e se as duas partes na conversa dispõem de tempo para interpretar as mensagens uma da outra. Isso não funciona em uma cabine de avião, com um piloto exausto tentando aterrissar em meio a uma tempestade no aeroporto com condições quebradas. O arroz tem sido cultivado na China há milhares de anos, e foi a partir desse país que as técnicas de cultivo do arroz se difundiram pelo sul da Ásia, Japão, Coreia, Cingapura e Taiwan. Os arrozais são construídos e não abertos, ao contrário dos trigais.

Não basta remover as árvores, o matagal e as pedras e depois lavrar a terra. Os campos de arroz são esculpidos nas encostas dos morros, em uma série elaborada de terraços ou cuidadosamente criados em charcos e planícies fluviais. Eles precisam ser irrigados, o que exige a construção minuciosa de diversos diques ao redor do campo de cultivo. É necessário abrir canais a partir da fonte de água mais próxima, e os diques devem ter comportas para que o fluxo da água possa ser regulado com precisão para cobrir as plantas na altura certa.

Na época do plantio, o agricultor chinês escolhe entre centenas de variedades de arroz, cada uma oferecendo uma vantagem diferente, como rapidez de crescimento, resistência em época de seca e rendimento em solos pobres. Fica a seu critério plantar uma dúzia ou mais de variedades de uma só vez. E quando o arroz amadurece, os agricultores reúnem todos os amigos e parentes em um esforço concentrado para fazer a colheita o mais rápido possível, a fim de poder implantar a segunda safra e colhê-la antes do início da estação seca do inverno.

Quem quisesse ser alguém nessa parte do país tinha que possuir arroz. Ele fazia o mundo girar. E como não tinham muito dinheiro para melhorias tecnológicas, eles gerenciavam o tempo e, com eficiência, faziam escolhas mais adequadas. Estão sempre trabalhando muito mais do que qualquer outro lavrador. Na rizicultura, há uma grande relação de esforço e recompensa. Quanto mais se trabalha, mais ele produz. Além disso, é um empreendimento complexo. O rizicultor não se limita a plantar na Primavera e colher no outono. Ele dirige um pequeno negócio, administrando uma mão de obra familiar.

Protegendo-se das incertezas da seleção de sementes, construindo e gerenciando um sistema de irrigação e coordenando o processo de colher a primeira safra ao mesmo tempo em que prepara a segunda. Em qualquer universidade, os estudantes dirão que os colegas asiáticos são os que mais permanecem na biblioteca por um longo tempo, depois que todos os outros vão embora. Compreensivelmente, algumas pessoas de origem asiática ficam ofendidas quando se fala assim sobre sua cultura, pois sentem que o estereótipo está servindo como uma forma de depreciação.

Mas a crença no trabalho é, na verdade, algo belo. Quase todas as histórias de sucesso que vimos neste livro até agora envolvem alguém ou algum grupo que se esforçou mais do que seus pares. Dar duro é o que as pessoas bem-sucedidas fazem e a virtude da cultura formada pela labuta nos arrozais foi proporcionar aos camponeses uma forma de encontrar significado em meio a toda aquela adversidade e pobreza. Essa lição serviu aos asiáticos em muitos empreendimentos, porém raramente com tanta perfeição quanto no caso da matemática. Às vezes pensamos que ser bom em matemática é uma capacidade inata, que a pessoa tem ou não. Porém, para Schonfeld, mais do que uma capacidade, trata-se de uma atitude.

Quem se dispõe a tentar é o que procura ensinar aos alunos. O sucesso resulta da persistência, obstinação e disposição para se esforçar por 22 minutos, a fim de entender algo que faria a maioria das pessoas desistir após 30 segundos. Tudo o que aprendemos neste livro nos mostra que o sucesso segue um caminho previsível. Não são os mais brilhantes os que alcançam sucesso, também vimos que o êxito não se resume à soma das decisões e esforços individuais. Os vitoriosos são aqueles que receberam oportunidades e tiveram força e presença de espírito para agarrá-las. Para alcançar o máximo potencial humano, basta identificarmos as pessoas mais promissoras. Olhamos para Bill Gates e dizemos que nosso mundo permitiu que aquele adolescente de 13 anos se tornasse um empresário tremendamente bem-sucedido.

Essa é a lição errada. O mundo permitiu apenas que uma pessoa de 13 anos tivesse acesso a um terminal de dados com tempo compartilhado em 1968, enquanto 1.000.000 de adolescentes poderiam ter recebido uma oportunidade idêntica. Quantas outras Microsoft existiriam hoje se compreendêssemos mal ou ignorássemos as verdadeiras lições do sucesso? Estamos desperdiçando talentos? Insista, incite. O sucesso é uma combinação de talento e preparação. De nada adianta ter um alto QI se não houver esforço. As possibilidades variam de acordo com a época em que nascemos. Pessoas extraordinárias persistem e se esforçam mais do que as pessoas comuns.

Neste livro, você aprendeu que outliers são pessoas consideradas Fora de Série que possuem, além de inteligência elevada, uma ótima visão de oportunidade e uma incrível força de vontade que está associada a vantagens e oportunidades, tornando-as pessoas de sucesso. Não é apenas o talento que traz o sucesso à tona. É preciso se esforçar e atingir as 10.000 horas de experiência, independentemente da área. É preciso um pouco de sorte em nascer no local certo, na época certa. Junto com seu talento, é isso que faz um outlier.

Gostou e quer aprender mais? O microaudiobook recomenda a leitura de “A Arte de Fazer Acontecer” por Joshua Skyn.


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