Animais peçonhentos
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Para serpentes de hábitos diurnos a pouca visão e o olfato eficiente são totalmente satisfatórios para a atividade de caça.
Outro sinal do envenenamento é a falta de ar, que pode, em poucas horas, causar a morte do acidentado.
Deve o acidentado procurar um hospital o mais rápido possível por se tratar de um veneno muito agressivo.
Considerar todas as corais como serpentes venenosas.
Um tema super interessante, mas que às vezes não dão a atenção que merece. As prevenções e os primeiros socorros estão no slide.
Manual de Diagnóstico e tratamento de acidentes por animais peçonhentos
As jararacas são
responsáveis por 90%
O principal foco da norma 10.4 Segurança na construção, montagem, operação e manuntenção é o risco elétrico, mas muitos riscos adicionais devem ser controlados ou neutralizados, pois trabalhos de manutenção costumam apresentar situações de extrema gravidade.
Vamos conhecer um pouco sobre os animais peçonhentos como cobras, aranhas, escorpiões, sempre presentes em cubículos, caixas de passagem, interior de armários, painéis e bandejas de cabos.
As abelhas também fazem parte desse grupo apesar de ser conhecida pela sua utilidade, sempre houve o receio das ferroadas de abelha, tidas, no entanto como um problema menor que dispensa atendimento médico.
Poucos, no entanto sabem que em 2006, 14 brasileiros morreram, 27 outros tiveram alta hospitalar com seqüelas e outros 41 foram internados em estado grave, mas tiveram alta sem seqüela em conseqüência de picadas de abelha.
Desde os anos 90, as abelhas são consideradas como “animais peçonhentos”. Ataques de abelhas e marimbondos, ocorrem na execução de serviços em torres, postes, subestações, leitura de medidores, serviços de poda de árvores e outros.
Muitos trabalhadores já foram supreendidos ao calçar a bota e serem picados por escorpiões que se encontravam dentro do EPI.
Muitos desses animais peçonhentos como cobras podem sair pelo ralo do banheiro e supreender os trabalhadores em seu vestiário.
Animais peçonhentos possuem glândulas produtoras de veneno e possuem o aparelho inoculador de veneno (ferrão ou presa) essa é a principal diferença entre os animais venenosos.
O sapo é um animal venenoso que produz uma substância viscosa, se um cachorro lambê-lo certamente será invenenado diferentemente dos animais peçonhentos que inoculam diretamente o seu veneno na corrente sanguínea da presa ou vítima.
No Brasil, ocorrem quatro gêneros de serpentes venenosas, com dezenas de sub-espécies reconhecidas. Os gêneros Bothrops (jararacas) e Micrurus (corais) podem ser encontrados em todo o território nacional, enquanto o gênero Crotalus (cascavéis) se distribui preferencialmente pelo Sudeste e Sul e as Lachesis (surucucus), na Região Amazônica.
Uma característica fundamental é a fosseta loreal ou lacrimal,como você pode ver no slide, é um órgão sensorial termorreceptor, é um orifício situado entre o olho e a narina, daí a denominação popular de "serpente de quatro ventas".
Órgão termo-receptor é capaz de captar as irradiações de ondas de calor (na verdade emissões de infra-vermelho) emanados pelos corpos dos animais endotérmicos ("sangue-quente"), como naquele filme do "Predador" que inchergam as vítimas envolvidas em cores.
Para serpentes de hábitos diurnos a pouca visão e o olfato eficiente são totalmente satisfatórios para a atividade de caça.
Mas as serpentes noturnas não contam com a visão pois a ausência de luminosidade a torna ineficiente.
Assim sendo, mesmo com um olfato apurado, reconhecer o ambiente e perceber a presença de alimento é apenas parte do problema.
É preciso saber em que direção e distância exata a presa se encontra e ainda como apanhá-la, se estiver se movimentando.
Algumas
dessas serpentes de hábitos noturnos, desenvolveram um mecanismo de
localização de alimento extremamente eficiente e preciso.
As serpentes são carnívoras e caçadoras por natureza.
Só
comem proteína animal e recém-capturada. Todos os animais de 'sangue
quente' (aves e mamíferos), corretamente denominados de homeotérmicos,
emitem raios de calor do tipo infravermelho, formando uma espécie de
'áurea' invisível...
Os gêneros Bothrops (jararacas) além de caçadoras são estrategistas hipnotizam suas presas com o movimento do rabo enganando-a como se fosse um alimento. A presa inocentemente se prepara para atacar "o suposto alimento" a serpente permanece com restante do corpo imóvel balaçando pra lá e pra cá a cauda só esperando o momento certo para o ataque e quando a presa (rã) resolve atacar a serpente disfere o bote e inocula o veneno na presa.
Um trabalhador pode ser supreendido por um animal peçonhento numa simples manutenção de trabalho o que pode ocasionar uma situação de extrema gravidade.
As espécie Bothrops (jararacas) são agressivas e disfere botes quando se sentem ameaçadas essas espécies são responsáveis por 90% dos acidentes ofídicos no Brasil, devido ao seu aparecimento em áreas rurais, e ou regiões onde exista perto vegetação densa, ambientes úmidos, pois elas acabam por vir atrás de alimentos como os roedores. De acordo com o Ministério da Saúde, ocorrem anualmente mais de 17.000 acidentes botrópicos.
Seu veneno tem três tipos de ação:
AÇÃO
PROTEOLÍTICA: onde decorrem da atividade de proteases, hialuronidases e
fosofolipases, liberação de mediadores da resposta inflamatória, ação das
hemorraginas sobre o endotélio vascular e ação procoagulante do veneno.
AÇÃO COAGULANTE:
a maioria dos venenos das jararacas ativa, de modo isolado ou simultâneo, o
fator X e a protrombina. Possui ação semelhante a trombina, convertendo o
fibrinogênio em fibrina. Essas ações produzem distúrbios da coagulação, que se
caracteriza pelo consumo de seus fatores, geração de produtos de degradação de
fibrina e fibrinogênio, o que pode causar incoagulabilidade sangüínea.
AÇÃO HEMORRÁGICA:
a ação das hemorraginas, provocam lesões na membrana basal dos capilares,
associadas a plaquetopenia e alterações da coagulação.
Podem ocorrer manifestações locais como
edema endurado, dor de intensidade variável, equimoses e sangramentos no ponto
da picada, infartamento ganglionar, bolhas, acompanhados ou não de necrose.
Podem ocorrer também náuseas, vômitos, sudorese, hipotensão arterial e às vezes
choque.
O tratamento se faz através de
administração de soro antibotrópico o mais rápido possível, se for
diagnosticado que a picada foi de uma jararaca, manter elevado o membro picado,
aplicação de analgésicos para conter a dor, manter a vítima hidratada, e fazer
uso de antibióticos.
CASCAVÉIS
Os acidentes com cascavéis, atingem 7,7%,
apresentando o maior coeficiente de letalidade devido a freqüência com que
evolui para insuficiência renal aguda. As cascavéis tem como característica de
identificação, o chocalho ou guizo na ponta da cauda, que nada mais é do que vestígios
das trocas de pele, sendo errôneo calcular sua idade através dele. São animais
que preferem regiões mais áridas, mais secas e geralmente são encontradas em
áreas mais afastadas.
Seu veneno
apresenta-se em três ações:
AÇÃO NEUROTÓXICA:
ocorre devido a fração crotoxina, uma neurotoxina de ação pré-simpática que
atua nas terminações nervosas inibindo a ação da acetilcolina, sendo o
principal fator responsável pelo bloqueio neuromuscular, o que vai ocasionar as
paralisias motoras.
AÇÃO MIOTÓXICA:
produz lesões de fibras esqueléticas com liberação de enzimas e mioglobina para
o soro e são posteriormente excretadas pela urina. Ainda não está identificada
a fração do veneno que produz esse efeito miotóxico sistêmico.
AÇÃO COAGULANTE:
o consumo de fibrinogênio pode levar a incoagulabilidade sangüínea, geralmente
sem redução do número de plaquetas.
O acidentado pode não sentir dor ou ser de
pouca intensidade, os sintomas conseqüentes podem ser mal-estar, prostração,
sudorese, náuseas, vômitos, sonolência, secura da boca, fácies miastêmicas,
alteração do diâmetro pupilar, oftalmoplegia, visão dupla, aumento do tempo de
coagulação.
tratamento deve ser feito através da
administração do soro anticrotálico por via intravenosa, variando a dose
dependendo da gravidade da picada. A
hidratação do paciente é importante, deve ser induzida a diurese osmótica, e
manter o pH urinário acima de 6,5 pois a urina ácida aumenta a precipitação
intratubular de mioglobina.
SURUCUCUS
Os acidentes com as lachesis, são muito
raros, devido ao seu habitat específico, onde a densidade populacional é baixa.
As surucucus, tem o corpo amarelado com desenhos escuros, e a identificação é
feita através da cauda que possui escamas eriçadas, são mais agressivas.
A ação do veneno é dividida em quatro que
são Proteolítica, Hemorrágica, Neurotóxica e Coagulante, sendo semelhantes a do
veneno botrópico.
Como tratamento específico, deve ser
administrado o soro antilaquético (SAL) ou o soro antibotrópico-laquético
(SABL) por via intravenosa, utilizando-se para isso de 10 a 20 ampôlas.
COBRAS CORAIS
São as serpentes do grupo Elapídico,
com porcentagem de 0,4% dos acidentes ocorridos no Brasil.Uma das serpentes mais venenosas. Geralmente devido o veneno ser
“neurotóxico”, o acidentado não sente muita
dor no local da picada.Poucas horas após o acidente aparece
a " visão dupla " , associada à queda das
pálpebras - "cara de bêbado" (ver no slide).
Outro sinal do envenenamento é a falta de ar, que pode, em poucas horas, causar a morte do acidentado.
Deve o acidentado procurar um hospital o mais rápido possível por se tratar de um veneno muito agressivo.
Considerar todas as corais como serpentes venenosas.
Outro animal peçonhento que pode ser encontrado nas botas dos trabalhadores e em outros lugares são
os escorpiões que são aracnídeos, muitas pessoas os chamam de insetos, mas
basta observar que este animal tem 4 (quatro) pares de patas ao invés de
3 (três) como os insetos.
A origem destes animais remonta a mais de 400 milhões de anos,
sobrevivendo a todos os grandes cataclismos que destruíram milhares de
espécies vivas. Portanto o escorpião foi um observador privilegiado
tanto do fim dos dinossauros assim como do surgimento do homem na face
da Terra.
Existem centenas de espécies de escorpiões, mas para nós em particular
só interessam, por enquanto três, são elas :
Tityus serrulatus o escorpião amarelo, responsável pelos acidentes mais graves
Tityus bahiensis o escorpião preto, também pode causar acidentes graves
Bothriurus araguayae escorpião também preto, mas bem pequeno e brilhante, parecendo que foi "envernizado".
Destes apenas os dois primeiros apresentam perigo para as pessoas,
podendo causar acidentes graves e inclusive morte de seres humanos e
animais.
Extremamente rápida, agressiva e venenosa, a aranha armadeira (também conhecida como aranha macaco ou aranha de bananeira) é considerada a aranha mais venenosa do mundo pela edição 2007 do Guinness.
Espécie
tipicamente sul-americana, todas as oito espécies do gênero Phoneutria
(assassina, em grego) conhecidas pela ciência, ocorrem no Brasil e, por
isso, é chamada Brazilian wandering spider, em inglês.
Essas aranhas produzem um potente veneno neurotóxico e picam
furiosamente diversas vezes, quando incomodadas.
Porém, o maior perigo
que representam é sua proximidade com as áreas habitadas e a frequência
com que elas entram nas casas, em busca de alimento e proteção,
escondendo-se em roupas, sapatos e lugares escuros.
As armadeiras são responsáveis por 42% das picadas de aranha registradas no Brasil. Não por acaso, a espécie Phoneutria nigriventer
é a que causa a maioria das intoxicações por veneno aracnídeo,
justamente por ser comum na região sudeste, a mais populosa do país.
Além
da dor intensa o veneno da armadeira, em homens, pode causar dolorosas
ereções. Essas ereções podem durar horas e levar à impotência.
Atualmente, um componente da toxina vem sendo estudado para uso no
tratamento de disfunções eréteis,"viagra brasileiro".
Apesar da potência da toxina, raramente ocorrem casos graves de
intoxicação em humanos, mesmo assim, para crianças com menos de seis
anos e idosos, a picada de uma armadeira pode representar risco
considerável de morte.
É sempre bom lembrar que, vítimas de
animais peçonhentos devem ser rapidamente encaminhadas ao hospital ou
posto de saúde mais próximos, se possível, com o espécime para facilitar
a identificação e o tratamento.
A aranha marrom é uma das menores aranhas do mundo, e
também uma das mais perigosas. Ela tem de 12 mm a 3 cm de tamanho e
podem se reproduzir rapidamente. Essas aranhas têm 6 olhos bem próximos,
as fêmeas chegam à maturidade sexual em 1 ano e os machos em 1 ano e 3
meses.
Cada fêmea bota ate 130 ovos por vez. Geralmente elas atacam quando
pressionadas contra o corpo da vítima, que ocorre geralmente em casa,
nas roupas, toalhas, sapatos e na cama.
As aranhas marrons gostam do clima quente, úmido e temperado. Só na América há mais de 50 espécies conhecidas.
Somente de 12 a 24 horas após a picada (que é indolor) o veneno
começa seus efeitos no corpo (a variação do tempo de ação do veneno
existe pelo fato de que alguns organismos são mais fortes que outros).
Os efeitos do veneno, inicialmente são:
- Inchaço.
- Bolhas no local.
- Necrose (morte do tecido).
- Dor no local.
- Bolhas no local.
- Necrose (morte do tecido).
- Dor no local.
E após algum tempo se não houver a aplicação do antídoto:
- Boca seca.
- Urina escura.
- Sonolência.
- Urina escura.
- Sonolência.
Em alguns raros casos pode ocorrer anemia hemolítica (destruição das hemácias) e ate coagulação do sangue.
E preciso aplicar o antídoto o mais de pressa possível para que não
haja seqüelas no corpo da vítima da picada. Ao sentir esses sintomas ou
perceber a picada da aranha, deve-se ir ao hospital para tomar antídoto.
A aranha marrom é comum principalmente no Paraná, local que apresenta clima favorável a sua proliferação.
Uma aranha marrom vive, em média, 5 anos, sendo que reproduz 7 vezes ao ano.
O soro deve ser aplicado após a percepção dos sintomas ou, se
possível, logo após a picada. Os nomes dos soros são: antiloxoscélico ou
o soro antiaracnídeo.
O predador natural dessa aranha é a lagartixa, porém, com a urbanização,
esse animal tem desaparecido cada vez mais, deixando assim o caminho
livre para a reprodução da aranha. Esta causa cada vez mais acidentes
(20.000 em 2004).
Muitos acham a lagartixa perigosa, porém ela é
inofensiva e ajuda no equilíbrio ecológico.
Perguntas e respostas
O que são
animais peçonhentos?
Animais peçonhentos são aqueles que produzem
substância tóxica e apresentam um aparelho especializado para inoculação desta
substância que é o veneno, possuem glândulas que se comunicam com dentes ocos,
ou ferrões, ou aguilhões, por onde o veneno passa ativamente.
Quais são
os animais peçonhentos de importância em saúde pública?
Serpentes do grupo da jararaca,
cascavel, surucucu e coral verdadeira; algumas aranhas como a aranha marrom,
armadeira e a viuva negra, além dos escorpiões preto e o amarelo.
Como
prevenir acidentes com
ofídios?
Não andar descalço: sapatos,
botinas sem elásticos, botas ou perneiras devem ser de usados pois evitam 80%
dos acidentes.
Olhar sempre com atenção o local
de trabalho e os caminhos a percorrer.
Usar luvas de couro nas
atividades rurais e de jardinagem, nunca colocar as mãos em tocas ou buracos na
terra, ocos de árvores, cupinzeiros, entre espaços situados em montes de lenha
ou entre pedras.
Não utilizar diretamente as mãos
ao tocar em sapé, capim, mato baixo, montes de folhas secas; usar sempre antes
um pedaço de pau, enxada ou foice, se for o caso.
Tampar as frestas e buracos das
paredes e assoalhos.
Quando entrar em matas de
ramagens baixas, ou em pomar com muitas árvores, parar no limite de transição
de luminosidade e espere sempre a vista se adaptar aos lugares menos
iluminados.
Se por qualquer razão tiver que
abaixar-se, além de olhar bem o local, bater a vegetação ou as folhas: a
coloração da jararaca e da cascavel se confunde muito com a das ramagens e
folhas secas e há casos de acidente onde a pessoa não enxerga a serpente.
Não depositar ou acumular
material inútil junto à habitação rural, como lixo, entulhos e materiais de
construção; manter sempre a calçada limpa ao redor da casa.
Evitar trepadeiras muito
encostadas a casa, folhagens entrando pelo telhado ou mesmo pelo forro.
Controlar o número de roedores
existentes na área de sua propriedade: ao lado dos outros problemas de saúde
pública, a diminuição do número de roedores irá evitar a aproximação de
serpentes venenosas que deles se alimentam.
Não montar acampamento junto a
plantações, pastos ou matos denominados sujos, regiões onde há normalmente
roedores e maior número de serpentes.
Não fazer piquenique às margens
dos rios ou lagoas, deles mantendo distância segura, e não encostar em
barrancos durante a pescaria.
Manuseio de serpentes vivas deve
ser feito com laço de luz ou com ganchos apropriados, por pessoas treinadas e
com aptidão para o ofício. Não tocar nas serpentes, mesmo mortas, pois por
descuido ou inabilidade há o risco de ferimento nas presas venenosas.
No amanhecer e no entardecer, nos
sítios ou nas fazendas, chácaras ou acampamentos, evitar a aproximação da
vegetação muito próxima ao chão, gramados ou até mesmo jardins; é nesse momento
que as serpentes estão em maior atividade.
Proteger os predadores naturais
de serpentes como as emas, as siriemas, os gaviões, os gambás e cangambás, e
manter animais domésticos como galinhas e gansos próximos às habitações que, em
geral, afastam as serpentes.
A
caninana, é uma das cobras mais venenosas do Brasil? O bafo da jibóia é
venenoso e causa cobreiro?
Não, a caninana não é peçonhenta
mas á uma serpente muito agressiva, atacando quando se sente ameaçada. Como a
jibóia também não é uma cobra peçonhenta, o bafo não é venenoso e nem causa
cobreiro. Existem na natureza muito mais serpentes do grupo não peçonhento do
que as consideradas peçonhentas de importância médica, que eventualmente podem
picar e causar acidentes.
Como
prevenir acidentes com aranhas e escorpiões?
Usar calçados e luvas nas
atividades rurais e de jardinagem
Examinar calçados e roupas
pessoais, de cama e banho, antes de usá-las
Afastar camas das paredes e evite
pendurar roupas fora de armários
Não acumular lixo orgânico,
entulhos e materiais de construção
Limpar regularmente móveis,
cortinas, quadros, cantos de parede
Vedar frestas e buracos em
paredes, assoalhos, forros, meia-canas e rodapés; utilizar telas, vedantes ou
sacos de areia em portas, janelas e ralos
Manter limpos os locais próximos
das residências, jardins, quintais, paióis e celeiros; evitar plantas tipo
trepadeiras e bananeiras junto às casas e manter a grama sempre cortada
Combater a proliferação de
insetos, principalmente baratas e cupins, pois são alimentos para aranhas e
escorpiões
Preservar os predadores naturais
de aranhas e escorpiões como seriemas, corujas, sapos, lagartixas e galinhas
Limpar terrenos baldios pelo
menos na faixa de um a dois metros junto ao muro ou cercas
Não colocar mãos ou pés em
buracos, cupinzeiros, monte de pedra ou lenha, troncos podres etc.
Que tipos
de serpentes peçonhentas existem no Brasil e que podem causar acidentes?
São quatro os tipos (gêneros) de
serpentes peçonhentas no Brasil: Bothrops (jararaca, jararacuçu, urutu, ,
cotiara, caiçaca), Crotalus (cascavel), Lachesis (sucurucu-pico-de-jaca) e
Micrurus (corais-verdadeiras). As jararacas respondem por quase 90% dos
acidentes ofídicos registrados, sendo encontradas em todo o país. Apesar de
comuns, as corais verdadeiras são causa rara de acidentes pois os hábitos
dessas serpentes não propiciam a ocorrência de acidentes. As surucucus são
serpentes que habitam matas fechadas sendo portanto encontradas principalmente
na Amazônia e, mais raramente, na Mata Atlântica. Já as cascavéis preferem
ambientes secos e abertos, não sendo comuns nas áreas onde as surucucus
predominam.
Existe
alguma época do ano em que os acidentes por animais peçonhentos ocorrem com
maior freqüência?
Sim, a época de calor e chuvas é
a mais propícia para a ocorrência dos acidentes pois é quando os animais estão
em maior atividade, coincidindo com o período de plantio e colheita agrícola.
Nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste os meses de dezembro a março concentram
a grande maioria dos casos, enquanto que no inverno o número de acidentes
diminui bastante. Já no Nordeste o pico coincide com meses de abril a junho. Na
região Norte, apesar dos casos serem mais freqüentes também nos três primeiros
meses do ano, não há uma variação tão marcada como nas demais partes do país.
Quais são
os sintomas de uma pessoa picada por serpente?
No caso de um acidente por
jararaca, a região da picada apresenta dor e inchaço, às vezes com manchas
arroxeadas e sangramento pelos orificios da picada, além de sangramentos em
gengivas, pele e urina. Pode haver complicações como infecção e necrose na
região da picada e insuficiência renal. Quadro semelhante ao acidente por
jararaca. a picada pela surucucu-pico-de-jaca pode ainda causar vômitos,
diarréia e queda da pressão arterial. Na picada por cascavel, o local da picada
não apresenta lesão evidente, apenas uma sensação de formigamento; dificuldade
de manter os olhos abertos, com aspecto sonolento, visão turva ou dupla são os
manifestações características, acompanhadas por dores musculares generalizadas
e urina escura. O acidente por coral verdadeira não provoca no local da picada
alteração importante; as manifestações do envenenamento caracterizam-se por
visão borrada ou dupla, pálpebras caídas e aspecto sonolento.
Quais os
sintomas de uma pessoa picada por escorpião?
A picada por escorpião leva a dor
no local da picada, de início imediato e intensidade variável, com boa evolução
na maioria dos casos, porém crianças podem apresentar manifestações graves,
como náuseas e vômitos, alteração da pressão sangüínea, agitação e falta de ar.
Quais são
as aranhas que podem causar acidentes de importância médica no Brasil?
São três os tipos (gêneros) de
aranhas: aranha-armadeira ou aranha-da-banana, encontrada em várias regiões do
país, com predomínio na região Sudeste e Sul; aranha-marrom, muito comum no
Sul, principalmente no Paraná, e viúva-negra, mais encontrada no litoral do
Nordeste. A tarântula ou aranha-de-jardim e as caranguejeiras, apesar de muito
temidas, não causam acidentes de importância; assim como as aranhas domésticas
que fazem teias geométricas.
Quais os
sintomas de uma pessoa picada por aranha?
A aranha-armadeira causa dor
imediata e intensa, com poucos sinais visíveis no local da picada. Raramente
crianças podem apresentar agitação, náuseas, vômitos e diminuição da pressão
sanguínea. No caso da aranha-marrom, a picada é pouco dolorosa e uma lesão
endurecida e escura costuma surgir várias horas após, podendo evoluir para
ferida com necrose de difícil cicatrização; raramente podem provocar
escurecimento da urina. A viúva-negra leva a dor na região da picada,
contrações nos músculos, suor generalizado e alterações na pressão e nos
batimentos cardíacos.
Quais são
as medidas que devo tomar após ser mordida por um animal peçonhento?
Lavar o local da picada de
preferência com água e sabão.
Manter a vítima deitada, evitar
que ela se movimente para não favorecer a absorção do veneno.
Se a picada for na perna ou no
braço, mantê-los em posição mais elevada.
Não fazer torniquete: impedindo a
circulação do sangue, você pode causar gangrena ou necrose.
Não furar, não cortar, não
queimar, não espremer, não fazer sucção no local da ferida e nem aplicar
folhas, pó de café ou terra sobre ela para não provocar infecção.
Não dar à vítima pinga,
querosene, ou fumo, como é costume em algumas regiões do país.
Levar a vítima imediatamente ao
serviço de saúde mais próximo para que possa receber o tratamento em tempo.
Levar, se possível, o animal
agressor, mesmo morto, para facilitar o diagnóstico.
Lembrar que nenhum remédio
caseiro substitui o soro antipeçonhento.
Como é
feito o tratamento dos acidentes por animais peçonhentos?
No caso dos acidentes ofídicos, o
soro antiveneno é o único tratamento eficaz. Já para escorpiões e aranhas, os
sintomas podem tratados com medidas para alívio da dor, como compressas mornas;
caso não haja melhora, o paciente deve ser levado ao serviço de saúde mais
próximo para se avaliar a necessidade de soro.
O soro
pode ser utilizado em casa ou na fazenda, ou deve ser aplicado somente em
hospital?
Não se recomenda o uso de soros
fora do hospital pois a aplicação deve ser feita na veia e sendo ele produzido
a partir do sangue do cavalo, ao ser injetado no organismo humano, pode
provocar reações alérgicas que precisam ser tratadas imediatamente. Além disso,
é preciso conhecer os efeitos clínicos dos venenos para se indicar o tipo
correto e a quantidade de soro adequada para a gravidade.
O que
acontece se uma mulher grávida for picada? O soro pode ser aplicado?
Não há contra-indicação para
aplicação do soro em gestantes, devendo as mulheres ter uma atenção especial
pois pode haver descolamento prematura da placenta e sangramento uterino.
Em quanto
tempo é possível socorrer uma vítima picada por animal peçonhento?
Não há um tempo limite para
tratar uma pessoa picada por animal peçonhento, devendo esta ser sempre levada
para um hospital para avaliação médica. No entanto, sabe-se o tempo é um fator
determinante para a boa evolução dos casos; no caso dos acidentes ofídicos,
verifica-se que 6 a 12 horas depois do acidente aumentam os riscos de
complicações.
Existe
algum soro que possa ser utilizado em qualquer acidente por animal peçonhento?
Não existe soro polivalente ou
universal. Para cada tipo de acidente existe um soro específico que deve ser
aplicado em quantidade proporcional à gravidade. Se uma pessoa picada por
jararaca receber o soro para cascavel, além de não neutralizar os efeitos do
veneno, pode ainda apresentar reação alérgica a esse soro.
O soro
pode ser comprado nas farmácias?
Não. Todo o soro produzido no
Brasil é comprado pelo Ministério da Saúde que distribui aos Estados. Este, por
sua vez, estabelece quais municípios devem receber o soro de modo a permitir
que os pacientes recebam o tratamento gratuitamente. A relação dos hospitais
que têm o soro está disponível nas secretarias de saúde estaduais.
Manual de Diagnóstico e tratamento de acidentes por animais peçonhentos
As jararacas
(Bothrops sp) possuem vários nomes vulgares como jararaca do rabo branco, urutu
cruzeiro, cruzeira, jararacuçu, etc. Podem atingir mais de um metro de
comprimento, ocorrendo em vários Estados como Rio Grande do Sul, Santa
Catarina, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso.
Cada espécie tem desenhos característicos no corpo, variando em relação
a espécie, em se tratando da cauda, as jararacas tem a ponta da cauda com
escamas não eriçadas.
As jararacas
(Bothrops sp) possuem vários nomes vulgares como jararaca do rabo branco, urutu
cruzeiro, cruzeira, jararacuçu, etc. Podem atingir mais de um metro de
comprimento, ocorrendo em vários Estados como Rio Grande do Sul, Santa
Catarina, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso.
Cada espécie tem desenhos característicos no corpo, variando em relação
a espécie, em se tratando da cauda, as jararacas tem a ponta da cauda com
escamas não eriçadas.
Temos
sete espécies mais comuns no Brasil que são:
-
Bothrops alternatus
-
Bothrops atrox
-
Bothrops
cotiara
-
Bothrops jararaca
-
Bothrops jararacussu
-
Bothrops moojeni
-
Bothrops neuwiedi
As jararacas
(Bothrops sp) possuem vários nomes vulgares como jararaca do rabo branco, urutu
cruzeiro, cruzeira, jararacuçu, etc. Podem atingir mais de um metro de
comprimento, ocorrendo em vários Estados como Rio Grande do Sul, Santa
Catarina, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso.
Cada espécie tem desenhos característicos no corpo, variando em relação
a espécie, em se tratando da cauda, as jararacas tem a ponta da cauda com
escamas não eriçadas.
Temos
sete espécies mais comuns no Brasil que são:
-
Bothrops alternatus
-
Bothrops atrox
-
Bothrops
cotiara
-
Bothrops jararaca
-
Bothrops jararacussu
-
Bothrops moojeni
-
Bothrops neuwiedi
As jararacas são
responsáveis por 90% dos acidentes ofídicos no Brasil, devido ao seu
aparecimento em áreas rurais, e ou regiões onde exista perto vegetação densa,
ambientes úmidos, pois elas acabam por
vir atrás de alimentos como os roedores. De acordo com o Ministério da Saúde,
ocorrem anualmente mais de 17.000 acidentes botrópicos.
Podem ocorrer
manifestações locais como edema endurado, dor de intensidade variável,
equimoses e sangramentos no ponto da picada, infartamento ganglionar, bolhas,
acompanhados ou não de necrose. Podem ocorrer também náuseas, vômitos,
sudorese, hipotensão arterial e às vezes choque.
O tratamento se faz
através de administração de soro antibotrópico o mais rápido possível, se for
diagnosticado que a picada foi de uma jararaca, manter elevado o membro picado,
aplicação de analgésicos para conter a dor, manter a vítima hidratada, e fazer
uso de antibióticos.
CASCAVÉIS
Os acidentes com
cascavéis, atingem 7,7%, apresentando o maior coeficiente de letalidade devido
a freqüência com que evolui para insuficiência renal aguda. As cascavéis tem
como característica de identificação, o chocalho ou guizo na ponta da cauda,
que nada mais é do que vestígios das trocas de pele, sendo errôneo calcular sua
idade através dele. São animais que preferem regiões mais áridas, mais secas e
geralmente são encontradas em áreas mais afastadas.
Seu veneno
apresenta-se em três ações:
AÇÃO NEUROTÓXICA:
ocorre devido a fração crotoxina, uma neurotoxina de ação pré-simpática que
atua nas terminações nervosas inibindo a ação da acetilcolina, sendo o
principal fator responsável pelo bloqueio neuromuscular, o que vai ocasionar as
paralisias motoras.
AÇÃO MIOTÓXICA:
produz lesões de fibras esqueléticas com liberação de enzimas e mioglobina para
o soro e são posteriormente excretadas pela urina. Ainda não está identificada
a fração do veneno que produz esse efeito miotóxico sistêmico.
AÇÃO COAGULANTE: o
consumo de fibrinogênio pode levar a incoagulabilidade sangüínea, geralmente sem
redução do número de plaquetas.
O acidentado pode não
sentir dor ou ser de pouca intensidade, os sintomas conseqüentes podem ser
mal-estar, prostração, sudorese, náuseas, vômitos, sonolência, secura da boca,
fácies miastêmicas, alteração do diâmetro pupilar, oftalmoplegia, visão dupla,
aumento do tempo de coagulação.
tratamento deve ser feito através da
administração do soro anticrotálico por via intravenosa, variando a dose
dependendo da gravidade da picada. A
hidratação do paciente é importante, deve ser induzida a diurese osmótica, e
manter o pH urinário acima de 6,5 pois a urina ácida aumenta a precipitação
intratubular de mioglobina.
SURUCUCUS
Os acidentes com as
lachesis, são muito raros, devido ao seu habitat específico, onde a densidade
populacional é baixa. As surucucus, tem o corpo amarelado com desenhos escuros,
e a identificação é feita através da cauda que possui escamas eriçadas, são
mais agressivas.
A ação do veneno é
dividida em quatro que são Proteolítica, Hemorrágica, Neurotóxica e Coagulante,
sendo semelhantes a do veneno botrópico.
Como
tratamento específico, deve ser administrado o soro antilaquético (SAL) ou o
soro antibotrópico-laquético (SABL) por via intravenosa, utilizando-se para
isso de 10 a 20 ampôlas.
COBRAS CORAIS
São as serpentes do grupo Elapídico, com porcentagem de 0,4% dos
acidentes ocorridos no Brasil.
Podem ocorrer
manifestações locais como edema endurado, dor de intensidade variável,
equimoses e sangramentos no ponto da picada, infartamento ganglionar, bolhas,
acompanhados ou não de necrose. Podem ocorrer também náuseas, vômitos,
sudorese, hipotensão arterial e às vezes choque.
O tratamento se faz
através de administração de soro antibotrópico o mais rápido possível, se for
diagnosticado que a picada foi de uma jararaca, manter elevado o membro picado,
aplicação de analgésicos para conter a dor, manter a vítima hidratada, e fazer
uso de antibióticos.
CASCAVÉIS
Os acidentes com
cascavéis, atingem 7,7%, apresentando o maior coeficiente de letalidade devido
a freqüência com que evolui para insuficiência renal aguda. As cascavéis tem
como característica de identificação, o chocalho ou guizo na ponta da cauda,
que nada mais é do que vestígios das trocas de pele, sendo errôneo calcular sua
idade através dele. São animais que preferem regiões mais áridas, mais secas e
geralmente são encontradas em áreas mais afastadas.
Seu veneno
apresenta-se em três ações:
AÇÃO NEUROTÓXICA:
ocorre devido a fração crotoxina, uma neurotoxina de ação pré-simpática que
atua nas terminações nervosas inibindo a ação da acetilcolina, sendo o
principal fator responsável pelo bloqueio neuromuscular, o que vai ocasionar as
paralisias motoras.
AÇÃO MIOTÓXICA:
produz lesões de fibras esqueléticas com liberação de enzimas e mioglobina para
o soro e são posteriormente excretadas pela urina. Ainda não está identificada
a fração do veneno que produz esse efeito miotóxico sistêmico.
AÇÃO COAGULANTE: o
consumo de fibrinogênio pode levar a incoagulabilidade sangüínea, geralmente sem
redução do número de plaquetas.
O acidentado pode não
sentir dor ou ser de pouca intensidade, os sintomas conseqüentes podem ser
mal-estar, prostração, sudorese, náuseas, vômitos, sonolência, secura da boca,
fácies miastêmicas, alteração do diâmetro pupilar, oftalmoplegia, visão dupla,
aumento do tempo de coagulação.
tratamento deve ser feito através da
administração do soro anticrotálico por via intravenosa, variando a dose
dependendo da gravidade da picada. A
hidratação do paciente é importante, deve ser induzida a diurese osmótica, e
manter o pH urinário acima de 6,5 pois a urina ácida aumenta a precipitação
intratubular de mioglobina.
SURUCUCUS
Os acidentes com as
lachesis, são muito raros, devido ao seu habitat específico, onde a densidade
populacional é baixa. As surucucus, tem o corpo amarelado com desenhos escuros,
e a identificação é feita através da cauda que possui escamas eriçadas, são
mais agressivas.
A ação do veneno é
dividida em quatro que são Proteolítica, Hemorrágica, Neurotóxica e Coagulante,
sendo semelhantes a do veneno botrópico.
Como
tratamento específico, deve ser administrado o soro antilaquético (SAL) ou o
soro antibotrópico-laquético (SABL) por via intravenosa, utilizando-se para
isso de 10 a 20 ampôlas.
COBRAS CORAIS
São as serpentes do grupo Elapídico, com porcentagem de 0,4% dos
acidentes ocorridos no Brasil.
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